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18º Congresso Brasileiro de Sociologia
Resumo: 1701-1

Oral Completa


1701-1

Desigualdade de rendimentos por raça e sexo no mercado de trabalho brasileiro: uma comparação entre empregados/as, empregadores/as e “conta própria”

Autores:
SANTOS, N. J. V.1
1 IFG - Instituto Federal de Goiás

Resumo:
A discriminação é um fator interveniente nas chances de mobilidade social ascendente. No caso brasileiro, a discriminação por raça e sexo constitui um eixo estruturante do padrão de relações sociais ao longo da história. Derivado de tese de doutorado defendida em 2016, o presente artigo tem o objetivo de analisar a influência dos fatores racial e sexual nas disparidades de rendimentos no mercado de trabalho brasileiro, comparando os grupos de empregadores/as, empregados/as e trabalhadores/as por conta própria, segundo a experiência, a escolaridade e a atividade econômica. Lança mão de método quantitativo utilizando a técnica de análise de regressão linear conhecida como JMP (1993), que consiste em uma derivação do modelo de análise de regressão criado por Oaxaca e Blinder (1973) e é capaz de realizar várias regressões por mínimos quadrados ordinários em diferentes pontos da distribuição de renda, permitindo compreender como a disparidade de renda entre dois grupos se comporta ao longo da distribuição. Os resultados demonstram que a disparidade de rendimentos assume um padrão de variação em função de características raciais e sexuais, para além do tempo de experiência e do nível de qualificação. Constata-se, portanto, que a disparidade pode ser explicada por uma dinâmica de hierarquização que pode ser traduzida como desigualdades racial e de gênero. Embora apresentem dinâmicas distintas em função da escolaridade e da atividade econômica, ambas são bastante significativas.