Oral Completa
1816-1 | A ‘sujeição criminal’ feminina: compreendendo as (auto)reapresentações de mulheres no ‘mundo do crime’ | Autores: | Natasha Maria Wangen Krahn1 1 UFBA - Universidade Federal da Bahia |
Resumo: Este trabalho tem por objetivo analisar as percepções que as mulheres, que têm uma trajetória de vida marcada por internações e prisões em instituições para cumprimento de medidas socioeducativas de internação e penas privativas de liberdade, têm sobre seu envolvimento no 'mundo do crime' (RAMALHO, 2008). Procura-se, através de narrativas de vida, analisar o entrelaçamento de práticas de gênero (“doing gender”) e práticas de crime (“doing crime”) (MILLER, 2014) de mulheres que são identificadas e se identificam com o 'mundo do crime', ou seja, passam pelo processo de sujeição criminal (MISSE, 2010). Compreendendo que essa inserção no mundo do crime acontece por variados motivos e de formas distintas, mas que todas estas compreendem um “ser mulher no crime”, ou seja, há uma compreensão do que é ser mulher, e de como sou mulher no crime, seja com a identificação masculina, seja com a identificação feminina e do que compreendo por um e por outro, assim como há, por vezes, a utilização de estratégias mais comumente relacionadas ao universo feminino, por exemplo: a troca de sexo por dinheiro ou drogas. Portanto há um “como me vejo no mundo do crime” e um “como ajo no mundo do crime” (identificações e ações). Assim, é possível apontar alguns tipos ideias de inserção e manutenção no crime, e de como estas estão relacionadas à como se percebem e como atuam enquanto mulheres: “moleque-macho”, ostentação, manutenção de vícios em drogas ilícitas. |