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18º Congresso Brasileiro de Sociologia
Resumo: 1822-1

Poster (Painel)


1822-1

O AVANÇO DA FRONTEIRA MINERÁRIA NO ESTADO DE MINAS GERAIS: CONFLITOS E DISPUTAS TERRITORIAIS

Autores:
LIMA, P.M1, PRATES, C.G1, CRISÓSTOMO, A.A2
1 UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais , 2 UNIMONTES - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS

Resumo:
O presente trabalho é resultado de pesquisas realizadas a partir do mapeamento de conflitos ambientais em Minas Gerais através do Grupo de Pesquisa em Temáticas Ambientais (GESTA-UFMG) e do Núcleo Interdisciplinar de Investigação Socioambiental (NIISA-UNIMONTES) que identificou efeitos nocivos da expansão da fronteira mineraria através dos estudos de caso no Norte de Minas e na Serra do Espinhaço, Região Metropolitana de Belo Horizonte. A metodologia utilizada articulou: Pesquisa Bibliografia e documental, observação participante e análise de relatos e entrevistas realizadas com os atores e sujeitos sociais locais. A expansão da fronteira minerária ocorreu a partir de uma conjuntura global de escassez de recursos e por aumento da demanda por commodities oriundos da China favorecendo assim, um processo de globalização dos recursos (MALERBA, 2012, MILANEZ, 2012). Nesse sentido, o Brasil devido as suas reservas minerais ocupou a função de fornecedor de matérias primas no mercado global. ( ZUCARELLI e SANTOS, 2016). O projeto Minas-Rio de extração de ferro no Município de Conceição do Mato Dentro(MG), Alvorada de Minas (MG) e Dom Joaquim(MG) e a extração de ouro no município de Riacho dos Machados (MG) são frutos dessa expansão. Ambos os casos evidenciam desde o processo de licenciamento denuncias de violação de direitos humanos, impactos ambientais sobre água e territórios, violência sobre os atingidos, alem de uma desestruturação de modos de vida, o que denota danos materiais e imaterias com o avanço da fronteira mineraria.