Poster (Painel)
1863-2 | UM ESTUDO SOBRE AS REPRESENTAÇÕES DA CRIMINALIDADE URBANA VIOLENTA NAS MATÉRIAS DE JORNAIS EM MACAPÁ-AP | Autores: | Medeiros1, Oliveira1
1 UNIFAP - Universidade Federal do Amapá, 2 UNIFAP - Universidade Federal do Amapá |
Resumo: RESUMO
Este trabalho, resultado de pesquisa bibliográfica e documental, analisa as representações sobre a criminalidade urbana presentes em matérias de jornais impressos amapaenses, quais sejam: os jornais A Gazeta, Jornal do Dia e Diário do Amapá. A pesquisa documental procedeu à seleção de 125 matérias referentes às práticas de roubos, furtos e latrocínios ocorridos na cidade de Macapá no ano de 2012, além de 07 matérias de cunho estatístico, 03 artigos de opinião e 01 editorial com o objetivo de analisar as representações do fenômeno criminal. Tais representações decorrem da complexa relação entre o campo midiático e a sociedade, bem como das interações promovidas pela mídia impressa entre os principais atores sociais que compõem a narrativa sobre os crimes (vítimas e acusados), apresentados, por sua vez, por meio de capitais simbólicos distintos. Durante a análise foram identificadas tipologias narrativas (discursos) específicas, dependendo das práticas criminosas ocorridas (furto, roubo ou latrocínio) e/ou da condição de “vítima” ou “acusado”. Assim, as representações sobre a criminalidade urbana, produzidas pelos jornais, são resultado dos critérios de seletividade utilizados pela mídia impressa, o que gera processos de acusação e incriminação dos indivíduos que supostamente cometeu o crime, cumprindo dupla função: de um lado, expressa uma tentativa de sensibilizar o leitor com relação à vítima; de outro, banaliza e espetaculariza a violência na cidade. O que emerge daí é a figura do bandido ou do criminoso, apresentado como responsável pela desordem e insegurança.
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