Oral Curta (5 mim) - Somente GT
1876-1 | A constituição da categoria Agricultura Familiar na Argentina e os atores desse processo | Autores: | BELEM, R.C.1,2, Carlos Cowan Ros3 1 UNILA - Universidade Federal da Integração Latino-Americana, 2 UFRGS/PGDR - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 3 CONICET - Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas |
Resumo: Agricultura familiar, termo que tem tido sua utilização ampliada nos países do Mercosul e da América Latina, tem no Brasil importante impulsionador dessa difusão, com usos no âmbito das políticas públicas, bem como entre pesquisadores e movimentos sociais rurais. Desde a Argentina, o trabalho conduz o olhar para o momento inicial do reconhecimento estatal dessa categoria social – período do ″conflito do campo″, de 2008 – e sua incorporação ao vocabulário estatal. Para tanto, é problematizado o papel desempenhado pela REAF – Reunião Especializada sobre Agricultura Familiar, instância oficial do Mercosul – na ″internalização″ da referida categoria como diretriz de políticas nacionais, bem como o papel desempenhado por movimentos sociais rurais, sejam de atuação nacional ou subnacional, sejam articulações internacionais de agricultores. A atenção é também conduzida ao papel desempenhado pelo FoNAF, o Foro Nacional de Agricultura Familiar, constituído em 2004. Com dinâmicas regionais diferenciadas, em que podem ser identificados processos específicos como o da região pampeana ou o do norte argentino, o termo agricultura familiar tem aglutinado iniciativas associativas e reivindicativas de agricultores-campesinos-povos originários, orientando a formulação de demandas dirigidas ao Estado, ao mesmo tempo em que esse incorpora a noção na orientação da formulação de políticas públicas. |