Oral Curta (5 mim) - Somente GT
1878-1 | O Laboratório de Habitação e Assentamentos Humanos - LabHab - da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo - FAU-USP e a reorganização do campo de atuação profissional dos arquitetos-urbanistas | Autores: | russo, endyra1 1 FFLCH-USP - Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas da USP |
Resumo: No Brasil, a arquitetura é um serviço para poucos. Parte significativa da produção residencial se dá por empreitada da própria família, muitas vezes sem auxílio profissional. Entre outros aspectos estruturais, o fenômeno se deve à constituição dessa área de atuação que mantém em boa medida a lógica do apadrinhamento e da consagração. No planejamento urbano é também evidente a desproporção no território, restando áreas carentes de serviços. A estruturação desse campo tem suas especificidades. Ele é povoado por profissionais de áreas diversas, que podem concorrer ou cooperar entre si. Mas, de forma geral, o que o polariza são as capacidades de influência na organização estatal. No caso dos arquitetos-urbanistas, tendo em vista os dividendos que permite obter, tratou-se, tradicionalmente, de uma importante esfera de reprodução. Partindo de uma visão por eles intitulada “crítica” a ambas atitudes ditas “elitistas”, funda-se em 1997 na FAU-USP um Laboratório de pesquisa e extensão, cujo “sucesso” de seus representantes na ocupação de postos dentro e fora da academia estimulou um ethos “engajado” e “esquerdizante” que se disseminou em outros polos de conhecimento, com consequências nas políticas urbanas. Explicitar as estratégias adotadas frente a outros grupos profissionais, localizando seus referenciais e situando-os no contexto político (de ascensão do partido dos trabalhadores) que permitiu tal trajetória é o objetivo deste trabalho, parte do doutorado ainda em estágio inicial. |