Oral Curta (5 mim) - Somente GT
1880-1 | O ativismo cultural e a imaginação da fronteira Brasil-Uruguai | Autores: | COMUNELLO, F. J. 1 1 UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul |
Resumo: Este artigo objetiva analisar os modos pelos quais determinados agentes e movimentos políticos que atuam em defesa de políticas culturais, imaginam a área de fronteira entre Brasil e Uruguai como um espaço cultural comum. A pesquisa de campo na qual se baseia essa análise foi realizada com agentes que se autodenominavam militantes da cultura, muitos deles pela cultura de fronteira, e distintos agentes culturais que vivem ou atuam nesta área de fronteira, dentre os quais se encontram músicos, poetas, realizadores de cinema, documentaristas, produtores, entre outros. Tanto uns quanto outros se tornam inseparáveis quando se observa uma tendência de simultaneidade entre o ativismo cultural e a afirmação profissional dos agentes. Segundo Irisarri (2015), trata-se de um fenômeno que ocorre no Brasil nos últimos quinze anos, qual seja, a conformação de grupos ou movimentos culturais que combinam práticas políticas com culturais. Analisam-se tais modos específicos de atuação em defesa de políticas culturais voltadas para a área de fronteira (como, por exemplo, um plano de cultura para as fronteiras e editais específicos do Ministério da Cultura do Brasil), a partir dos quais a fronteira entre Brasil e Uruguai é imaginada. Pretende-se discutir como a fronteira enquanto um símbolo é mobilizada na atuação política e profissional destes agentes e quais seus reflexos nas dinâmicas sociais e políticas locais e regionais. |