Oral Curta (5 mim) - Somente GT
1932-1 | Trabalho e família: mudanças no que significa ser mulher? | Autores: | Valéria Calvi Amaral Silva1 1 UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul |
Resumo: O trabalho remunerado ganhou novas significações nas sociedades contemporâneas incluindo a brasileira. De simples meio para garantia de subsistência e reprodução material de si e da família, ele adquire importância subjetiva, sendo, também, visto como meio para realização pessoal. O crescente número de mulheres no mercado de trabalho e sua perenidade no mesmo (Sorj, 2004) fazem com que haja tensionamentos na conciliação trabalho e família. Se parece aceitável que mulheres trabalhem remuneradamente, colocando em cheque a tese de realização vicária feminina na família, o mesmo é necessário verificar no caso do papel de mãe e esposa nesse cenário. Construída a partir da quase obrigatoriedade da maternidade, a representação social da mulher é, por causa do trabalho remunerado, passível de questionamentos sobre seu abalo ou não. Esta pesquisa visa, portanto, analisar a percepção de homens e mulheres sobre trabalho feminino e maternidade, afim de que seja possível verificar a aceitação de mulheres enquanto trabalhadoras e se essa, caso se confirme, é acompanhada de mudanças na percepção da maternidade e da mulher enquanto principal figura responsável pelo cuidado. Espera-se evidenciar em que aspectos a construção social da mulher se mantém ou se altera. Serão utilizados dados secundários das pesquisas “Gênero, trabalho e família em perspectiva comparada”, de 2004, da FAPERJ e “Mulheres brasileiras e gênero nos espaços público e privado, de 2010, da Fundação Perseu Abramo.
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