Oral Curta (5 mim) - Somente GT
1933-1 | DO PROTESTO À ARTE DE CONFESSAR: PROBLEMATIZANDO O RAP COMO UMA FERRAMENTA DE GOVERNAMENTALIDADE NA MODERNIDADE TARDIA | Autores: | FAGUNDES, M.C.F1 1 UFPEL - Universidade Federal de Pelotas |
Resumo: O objetivo dessa proposta é discutir o Rap como uma ferramenta de governamentalidade na modernidade tardia. Diante da pesquisa empírica realizada na cidade de Pelotas, Rio Grande do Sul (Pelotas/RS), entre os anos de 2013 a 2015, com compositores locais, bem como do levantamento de projetos culturais governamentais envolvendo e fomentando dessa arte, foi possível notar uma preocupação com uma população ora considerada como “risco”, ora como violentos: os jovens.
Viso, com isso, discutir alguns elementos como “raça”, juventudes e violências a partir do Rap e a sua potencialidade na “economia política” na arte de governamento. Além da pesquisa empírica mencionada, me alicerço na perspectiva foucaultiana e em autores que comungam dessa corrente teórica. Dessa forma, trago para o debate alguns conceitos como “sociedade de normalização”, “governamentalidade”, “sujeição criminal” e “risco”.
Construiu-se, culturalmente, que o Rap é uma música de protesto, diante da sua construção histórica e, também, porque relata a vivência de parcela da população que figura como “risco” frente a “média” estabelecida na sociedade de normalização. Diante disso, questiono qual o status de verdade e as potencialidades das enunciações proferidas em letras de Rap na/para a governamentalidade no presente.
Com isso, alicerçada na pesquisa etnográfica, bibliográfica e no desmantelamento de “monumentos” me coloquei à retaguarda de algumas enunciações, buscando com essa proposta outras problematizações.
|