Oral Curta (5 mim) - Somente GT
1994-1 | Mulheres na Ciência do Rio Grande do Sul: trajetórias de persistência | Autores: | ESTIVALET, ANELISE G.2, Galli, Laura Spritzer1, Junqueira, Bruna Dalmaso1
1 UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2 UNISINOS - UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS |
Resumo: A presença feminina nos meios acadêmico e científico brasileiro cresceu constantemente durante as últimas décadas. Em 2013, as mulheres representaram 45% da docência no ensino superior, entretanto, tal aumento não se refletiu em reconhecimento nesse meio. A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) concedeu 111 títulos de professor emérito ao longo de sua história, sendo apenas 16 concedidos para mulheres. Ademais, entre as 27 áreas do conhecimento existentes na universidade, a presença de professoras eméritas restringiu-se a 14 áreas, enquanto os homens estão presentes em 24 áreas do conhecimento. Dessa forma, o presente trabalho pretende compreender como ocorre a participação das mulheres nos espaços acadêmicos e de construção do conhecimento científico, desde suas práticas individuais e/ou coletivas cotidianas, buscando entender como suas trajetórias contribuíram para que tivessem atuações destacadas em espaços que são amplamente dominados pelos homens. Foram realizadas nove entrevistas semiestruturadas com as professoras eméritas da UFRGS, juntamente com o uso de recursos audiovisuais como fotografias que rementem a trajetória das entrevistadas. Constatou-se que o fato de ser mulher configura um obstáculo a ser superado para a obtenção de reconhecimento na carreira. Ademais, as mulheres devem apresentar uma produção acadêmica e científica de maior relevância em comparação aos homens para receberem um reconhecimento semelhante aos de seus pares. |